Opinião | A ilusão de Merit - Colleen Hoover



Título: A ilusão e Merit
Autora: Colleen Hoover
Editora: Topseller
Edição/reimpressão: 2019
ISBN:  9789898917690
Páginas: 320
Sinopse: "Merit Voss tem uma vida pouco normal. Vive numa igreja reconvertida com uma família disfuncional e pouco ortodoxa: a mãe, sobrevivente de cancro, ocupa um quarto na cave, o pai é agora casado com a antiga enfermeira da mãe, o meio-irmão mais novo não pode comer nem fazer nada que seja divertido e tanto o irmão mais velho como a sua irmã gémea, Honor, são a imagem absurda da perfeição. E Merit sente que nunca será assim.
Merit coleciona troféus que não ganhou e segredos de família que é obrigada a guardar. Numa visita a um antiquário em busca do próximo troféu, Merit conhece Sagan, que logo a deixa completamente desarmada e com um novo brilho nos olhos – até ela perceber que ele é inalcançável.
Cansada de se sentir invisível, e cada vez mais mergulhada no abismo, Merit decide acabar com a ilusão da família perfeita e revelar a verdade há tanto tempo escondida. Mas não estará Merit também a esconder a verdade sobre si mesma?"

Opinião: Colleen Hoover é a escritora. É aquela escritora que me faz correr para a livraria assim que tenho conhecimento do lançamento de um livro seu por terras portuguesas.
      O livro Ilusão de Merit é em completamente diferente daquilo a que a autora já nos habituou, mas ainda assim deixa-nos agarrados quase desde as primeiras páginas àquela família bem estranha e atípica.
      Este livro conta-nos a história de Merit, que tem uma irmã gémea nada parecida consigo, a Honor. As duas têm ainda um irmão mais velho, o Utah, e vivem todos numa casa que outrora fora uma igreja com pai, a madrasta, um filho fruto da relação de ambos e ainda com a mãe. Isto soa estranhamente mal e depressa percebemos o quão estranha e disfuncional esta família aparenta ser.
      Merit destaca-se ao longo da história como uma adolescente diferente do normal, há muito que deixou de ir às aulas, com poucos (nenhuns, diria eu) amigos e ainda tem a mania de colecionar troféus que compra numa loja de caridade por cada acontecimento menos bom que sucede na sua vida. É numa dessas suas visitas a essa loja que conhece o Sagan que diz confundi-la com a sua irmã. Ele é provavelmente a única pessoa a relacionar-se minimamente com Merit, a preocupar-se com ela e a ver o que se está a passar com ela nas entrelinhas.
      Sagan acaba por tornar-se um pouco como o elo de ligação entre Merit e Honor, embora elas não sejam efetivamente amigas ou sequer irmãs íntimas há tanto tempo que acabam por não se conhecer minimamente e entender, porque são tão distintas quanto a noite e o dia. Merit é fechada, pouco sociável e tem a língua ao pé do coração o que faz com que diga tudo sem constrangimentos, mais do que às vezes seria necessário e desejável, enquanto Honor é um exemplo de filha e aluna, é vaidosa e por si só já é bastante sociável.
      Merit tem um problema, mais do que um até, mas eu não vou referi-lo nesta opinião porque estraga o elemento surpresa desta leitura, mas só posso dizer que é algo muito pouco relatado em livros mas que é bastante atual e pertinente. Talvez se estivéssemos mais atentos aos que nos rodeiam, pudéssemos evitar certos comportamentos, e essa é a mensagem principal que retiro desta maravilhosa leitura.
     A Merit teve comportamentos tão absurdos que eu dava por mim a sentir um dualidade de sentimentos por ela durante esta leitura, se por um lado tive raiva por ela ser tão cabeça quente, por outro tive pena porque aquilo foram tudo sinais que ela foi deixando de que algo não estava bem e para chamar a atenção da família. E posso dizer que só quando as coisas apertaram mesmo o cerco para o lado dela, é que vi a sua família realmente preocupada e atenta, o que me deixou a pensar quantas e quantas crianças não passam pelo mesmo diariamente, pela indiferença e falta de atenção familiar que é substituída por bens materiais, mas isso é uma questão para outra altura
      Toda esta relação familiar é tão bizarra que mesmo já terminado este livro há tanto tempo, ainda penso sobre eles e sobre aquilo que li, questionando-me se haverão efetivamente famílias assim tão desligadas dos outros e com aqueles contornos.
       Foi fácil para mim concluir que esta leitura não agradará a todos os leitores e nem mesmo a todos os que já são fãs da escritora, mas para mim serviu bastante bem o propósito de voltar a ler alguma coisa da autora e bem, deixou-me com a típica água na boca e o sabor a pouco.
      Inicialmente andei dei 5 estrelas a este livro, mas depois ao escrever esta opinião percebi que não foi tão bom quanto os restantes que li da autora, foi de facto uma boa leitura, mas não foi como as anteriores da autora que me arrebataram por completo, então fiquei pelas 4 estrelas que é o que melhor descreve esta leitura.

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