Opinião | O boss - Vi Keeland

Olá! Este livro foi para a minha wishlist assim que saiu porque é exatamente o meu tipo de livros na maior parte das vezes: leve, divertido e com uma pitada de romance erótico, sem nada que vá muito além. São este o género de livros que normalmente me disponho mais a ler porque nunca exigem muito de mim, mas servem o seu propósito e entretém-me e deixam-me sempre agarrada à sua narrativa. Os livros mais sérios, pesados e que requerem mais foco e atenção da minha parte deixo para quando estou mesmo para aí virada, o que ultimamente não tem acontecido, consequência do meu cansaço diário e do trabalho que tenho e levo. Prova disso são também as escassas leituras que tenho conseguido fazer com muita pena minha ao longo deste ano, mas vamos sempre tentando ler qualquer coisa e se não apetece um bom policial ou livro de fantasia, então vamos ao que é o mais seguro: romance, romance erótico, young adult, new adult que nunca falham comigo.


Título: O boss
Autora: Vi Keeland
Editora: Topseller
Edição/reimpressão: 2017
ISBN: 9789898869197
Páginas: 320
Sinopse: "Quando o teu patrão é convencido, mas sedutor, arrogante, mas sensual, irritante, mas irresistível, o resultado só pode ser um... horas extra... ordinárias.
Estás no primeiro encontro com um homem para lá de aborrecido. O que é que fazes? Finges ir à casa de banho, ligas à tua amiga e pedes-lhe que te ligue de volta, fingindo uma emergência que te tire dali, certo? Foi o que fiz. Até porque era mesmo uma emergência… Mas um desconhecido ouviu a conversa, chamou-me pretensiosa e teve o atrevimento de me dar conselhos! Respondi-lhe que se metesse na sua vida — na sua vida de homem alto, musculado, lindo de morrer e irritantemente convencido — e voltei para a minha mesa deprimente.
De onde estava, não pude deixar de olhar para ele, acompanhado por uma loira bombástica. Típico! Quando me apanhou a olhar, piscou-me o olho, levantou-se com a sua bimba e dirigiu-se à minha mesa. Pensei que fosse denunciar-me, mas, em vez disso, fingiu que nos conhecíamos, juntou-se a nós, e partilhou histórias mirabolantes sobre um passado fictício entre nós... Tenho de confessar que o meu encontro passou de chato a estranhamente excitante.
Quando a noite acabou, não parei de pensar nele, mesmo sabendo que nunca mais o veria. Afinal, quais seriam as probabilidades de voltar a encontrá-lo numa cidade com oito milhões de pessoas? Quais seriam as probabilidades de, um mês depois, ele vir a ser o meu novo Boss?"

Opinião: Este livro conta-nos a história de Reese que está a ter o encontro mais secante da sua vida quando conhece Chase que, por incrível que pareça, a salva desse encontro e a deixa num misto de sensações ao fazê-lo: se por um lado foi um idiota por aquilo que lhe disse e ao tentar erradamente dar-lhe conselhos sobre a sua vida amorosa, por outro foi só o melhor desconhecido que se podia ter cruzado no seu caminho ao salvá-la daquele encontro desastroso e tornar aquela noite um bocadinho melhor, mas acima de tudo mais animada.
    Contra todas as probabilidades mas de todas as formas clichés possíveis, Chase e Reese voltam a encontrar-se novamente. O destino pode ser muito simpático e irónico às vezes. Quem nunca? Depois de se encontrarem várias vezes em lugares diferentes, Chase acaba por oferecer-se para a ajudar quando descobre por acaso que ela está à procura de um novo emprego e cede-lhe o número de uma prima que recruta pessoal para várias empresas, inclusive para a sua. O que ele não esperava era que ela fosse recrutar Reese para uma entrevista de emprego precisamente na sua empresa, acabando por torná-lo mais tarde patrão de Reese.
    As investidas de Chase são bem óbvias e claras desde o início, mas a integridade de Reese fala sempre mais alto revelando-nos desde cedo o seu caracter o que particularmente gostei bastante, este romance não foi uma coisa que acontecesse da noite para o dia embora a química entre os dois seja bem clara desde as primeiras páginas, contudo foi preciso algum tempo até que os dois se envolvessem de facto apesar de todas as circunstâncias. A dada altura senti que a Reese já estava com Chase, embora nem ela própria se tivesse apercebido disso.
    Estes dois personagens apesar de serem de alguma forma diferentes, completam-se de uma forma muito bonita e adorei ver a evolução desta relação. Fiz figas por ela desde as primeiras páginas, tenho que confessar. Adorei as histórias mirabolantes que os dois inventaram e senti que esse foi o início de tudo e que foi esse o elo de ligação dos dois: o facto de ambos terem uma veia tão divertida.
    A leitura deste livro foi na sua grande maioria leve e divertida, mas senti que a dada altura a autora nos quis integrar num contexto um pouco mais sério, principalmente quando nos deu a conhecer o passado de Chase e até o de Reese. É de facto impressionante a forma como acontecimentos do nosso passado (bons e maus) nos moldam de certa forma no futuro e este livro é exatamente a prova disso, embora na sua grande maioria não há nada neste vida que não se ultrapasse, contudo nem é sempre é fácil fazê-lo e muito menos sozinhos.
    A escrita da autora foi uma delícia e só tornou a leitura deste livro ainda mais prazerosa do que já seria de esperar. É leve, com descrições na medida e altura certa e com diálogos sempre bastante divertidos o que ajudou bastante na narrativa e na própria história. Contudo, a autora também fez questão de nos dar um tom mais sério e real como já mencionei acima, mostrando-nos que nem sempre tudo são rosas.
    A única coisa na qual Vi Keland pecou foi no epílogo, acho que merecíamos um epílogo maior e mais detalhado. O meu calcanhar de aquiles nos livros são sempre os finais: ora não prestam, ou então a história agarrou-me de tal forma que nunca é suficientemente bom para mim porque não me quero despedir daquela história e daqueles personagens. Sinto que foi isso mesmo que aconteceu comigo neste livro, daí ter sentido que aquele epílogo soube a pouco. Muito pouco.
    Contudo, é uma autora que vou querer mais futuramente (já tenho O prof na estante que por acaso comprei juntamente com este), assim como também vou querer ler os seus livros com a Penelope Ward que me parece a dupla maravilha para conseguirem boas histórias.

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