Opinião | Lembras-te de mim? - Judith McNaught



Título: Lembras-te de mim?
Autora: Judith McNaught
Editora: ASA
Edição/reimpressão: 2016
ISBN: 9789892336855
Páginas: 480

Sinopse: "É a contragosto que Diana Foster se encontra num extravagante baile de caridade, rodeada pela fina-flor do Texas. O noivo acabou de a deixar, trocando-a por uma herdeira italiana, e a jovem anseia apenas por um pouco de privacidade. Mas está em jogo a sua carreira e o bom nome da família. Como gestora da empresa familiar, Diana tem uma imagem a manter. E a fasquia não podia estar mais alta pois ela é editora da revista Beautiful Living, uma publicação de referência no que toca à tranquilidade doméstica.
Quando o bilionário Cole Harrison se aproxima dela com dois flûtes e uma garrafa de champanhe, Diana é apanhada de surpresa, pois reconhece nele o moço de cavalariça que desapareceu da sua vida vinte anos antes. E, fazendo jus à sua reputação de magnata, Cole tem uma proposta para ela: um casamento de conveniência, pois arrisca-se a perder uma fortuna se não se casar em breve. Diana dificilmente imaginaria nessa noite que iria reencontrar Cole, muito menos sucumbir ao esquema elaborado dele, para não falar no perigo de ceder a uma paixão avassaladora."

Opinião: Foi com imensas curiosidade e até muitas expectativas que parti para esta leitura, mas posso adiantar desde já que elas saíram desfraldadas e acabei desiludida.
   Este livro conta-nos a história de Diana Foster, uma jovem bem diferente daquilo a que estão habituados na época, é trabalhadora, independente e desde cedo que arriscou a investir em alguns negócios - embora sempre com grandes receios -, de modo a conseguir manter o seu estilo e qualidade de vida assim como a da sua família. Há muito que Diana vai arrastando o seu casamento com Dan, mas no dama vê-se de casamento cancelado quando o seu noivo decide aparecer nas revistas e jornais com uma mulher uns bons anos mais nova do que ele. 
    É uma vergonha social e talvez um pouco contraditória à situação familiar da Diana, uma vez que ela juntamente com a sua família edita uma revista onde reina a perfeição familiar, mas a sua relação amorosa não é de facto um bom exemplo disso. A revista conta com do it yourself do avô, receitas da avó e madrasta e fotografias da sua irmã emprestada.
    Quando Diana reencontra um velho amigo, alvo de uma paixão antiga e secreta aquando menor e ele lhe decide fazer uma proposta que promete que irá beneficiar os dois, ainda que a contragosto ela terá que aceitá-la a fim de manter a salvo o seu negócio de família e a sua dignidade enquanto mulher. Os dois acabam por enveredar num casamento por conveniência: para ela é bom porque vai salvar a imagem social dela e, para ele é favorável porque a única forma de ele conseguir as ações que o tio tem sobre a empresa que ele fez crescer é casando-se e tendo filhos.
   É de referir que o Cole é uma verdadeira contraste no passado e no presente. Quando novo trabalhava no estábulo da família Hayvard, mas presentemente é um homem de negócios bem sucedido e muito ocupado. Confesso que adorei ver este crescimento no personagem porque desde o início que percebi que ele era íntegro e alguém com potencial para ser mais na vida. Diana mantém-se fiel a si mesma desde sempre, com a acrescente de que está mais crescida, mais madura e com mais responsabilidades, principalmente depois da morte do seu pai. Ela sente-se quase que como responsável por todos aqueles membros que o pai acabou por trazer para a família.
    A história tinha tudo para ser boa, o romance tinha tudo para agarrar, mas eu senti que a autora se focou demasiado na vertente dos negócios e que se estendeu bastante em pormenores insignificantes sobre a família de Diana. Na minha opinião, este livro está repleto de palha desnecessária, daí as suas quase 500 páginas. Existiram momentos em que senti necessidade de saltar as suas longas descrições que chegaram a tornar-se maçadoras. Tirando isso e a palha em excesso o livro teria sido muito bom. 
   Posto isto, posso dizer que não fiquei particularmente fã da escrita da autora porque em certos momentos tornou-se mesmo maçadora por ter demasiadas descrições, de pormenores insignificantes, diria eu. Não sei se isto já é típico da autora nos seus outros livros, mas da próxima vez que ler algo dela vou ter isto em atenção.
   O que salvou esta leitura foi pura e simplesmente as personagens. Mesmo! Adorava ter um livro dedicado à irmã emprestada de Diana, a Corey, porque adorei um bocadinhos que tive dela e do seu marido.
   Outra cosia que não gostei nada foi o final demasiado apressado, para um livro tão grande achei de deveríamos ter direito a um final mais explorado, mas as coisas aconteceram demasiado depressa. Foi com imensa rapidez que eles se familiarizaram com a ideia de estarem casados e começaram a agir enquanto casal, então a rapidez com que surgiram filhos nem vale a pena comentar.

Classificação: (2,5)

Playlist:



Esta leitura teve o apoio da editora ASA (Chancela do grupo LEYA) que me enviou um exemplar em troca de uma opinião sincera.

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