Opinião | O protector - Jodi Ellen Malpas




Olá! Finalmente uma opinião de um livro que é uma novidade literária deste ano e que para minha grande surpresa até me conseguiu surpreender, tendo em conta o meu primeiro contacto com a autora menos positivo.

Título: O protector
Autora: Jodi Ellen Malpas
Editora: Planeta
Edição/reimpressão: 2017
ISBN: 9789896578824
Páginas: 432
Sinopse: "Novo romance de uma autora de referência em Portugal no género erótico - mais de 35 000 leitoras em Portugal - que regressa com uma grande história de amor entre uma modelo de famílias ricas e o seu guarda-costas. O Protector tem os ingredientes necessários para agarrar e apaixonar as leitoras: uma grande atracção, segredos, tensão, um protagonista muito sexy e um grande amor."


Opinião: A minha estreia com a autora já se tinha dado há uns aninhos quando a autora se estreou com a trilogia "Este homem". Li o primeiro livro, mas não me senti surpreendida, muito pelo contrário, detestei muitas das vezes a linguagem usada pela autora (era excessivamente ordinária em mais de 50% da narrativa) e os protagonistas não me convenceram.
     Agora passado algum tempo e com o lançamento de um novo livro e certamente mais maduro, senti que deveria dar uma segunda oportunidade a autora e ainda bem que o fiz. O que encontrei neste livro foi algo bem diferente.
    Este livro conta-nos a história de Jake, um ex-sniper da SAS, que é contratado por Logan, um homem de negócios com grande reconhecimento e poder, que vê a vida e segurança da sua filha, Camille, ameaçada e para isso decide contratar um guarda-costas para a acompanhar na sua vida diária.
  Camille é uma jovem modelo bonita que embora tenha um pai rico, luta pela sua própria independência financeira e não só, e tenta restabelecer-se depois do seu passado deveras contorbado. Este foi um dos aspectos que mais gostei nesta personagem que tinha tudo para ser cliclé por ser modelo, bonita e filha de pais ricos, contudo existe uma grande bagagem do seu passado que a torna diferente para melhor e um grande exemplo.
    Jake, como não podia deixar de ser, é um homem com o seu próprio passado trágico e do qual não estamos à espera. Há muito que Jake se privou de certas emoções e tenta focar-se e dediciar-se apenas ao trabalho, principalmente aqueles trabalhos mais árduos que exigem muito dele e o mantêm focado neles a 100% e lhe proporcionam o propósito que ele tanto busca e precisa.
    O braço de ferro entre estas duas personagens começa desde cedo quando ela tenta aborrecê-lo de todas as formas e mais alguma, mas tudo em vão, porque ele não cede do trabalho que lhe foi entregue nem um pouco. Ainda para mais, quando Jake percebe que há uma história muito mal contada por trás das ameaças feitas à vida de Camille, ele dedica-se ainda mais à causa de descobrir o que é que Logan está realmente a esconder a toda a gente.
   A amizade entre os dois vai-se acabando por desenvolver e com isso vem também a atração eminente que acaba por fazer ambos ceder em algum momento.
    Obviamente que a aproximação entre Jake e Camille não agradará a todos, muito menos ao pai dela quando este percebe que Jake anda a cavar a fundo a fim de descobrir o que não é suposto que ninguém descubra.
     Notei algumas melhorias a nível de escrita, pelo menos esta foi uma leitura agradável, fluída e com personagens bem mais maduros e que sabem o que querem. Gostei particularmente da componente dos passados trágicos de ambas as personagens e de como eles conseguiram lidar com isso.
     O que aconteceu neste livro e acontece na maioria dos livros do género, é que as coisas no final ocorreram demasiado depressa. No início enrolam e do meio para o fim é uma correria de acontecimentos uns atrás dos outros.
    O livro não me conquistou logo de início, creio que o foi fazendo aos poucos, à medida que a leitura ia avançando, mas senão fosse o final não lhe tinha dado as 4 estrelas. O final para mim foi certamente o melhor, ainda que cliché, foi uam verdadeira delícia ver ambos, principalmente Jake, a finalmente a aceitar o que tinha acontecido e redimir-se no presente. Foi maravilhoso, mesmo!
"Todo o ódio e todo o azedume que me esmagaram durante todos estes anos desapareceram. Como se nunca tivessem existido. Estou a olhar para os olhos da mulher que me destruiu, e só sinto tristeza e pena. Ambos cometemos erros. Ambos deixámos ficar mal a nossa menina. Mas eu sou o único que pode remediar o que foi feito. Ou o mais possível. Transmito-lhe uma mensagem silenciosa, a olhá-la bem de frente nos olhos."
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